CNPJ 04.891.320/0001-30 - Endereço Postal: Rua Miguel Arco e Flecha, 41 – V. Euclides – São Bernardo do Campo – SP – CEP 09725-500

Fone: (11) 4330 1878 e (11) 4123 5613 - e-mail: geaasbc@ig.com.br - portal: http://geaasbc.vila.bol.com.br

ADOTANDO - PERIÓDICO SOBRE ADOÇÃO DO GEAA-SBC – nº 08/11 – Ano 12

O ADOTANDO, periódico do GEAA-SBC, circula virtualmente em grande escala e é destinado às pessoas cadastradas para adoção em São Bernardo do Campo e às pessoas, profissionais ou não, interessadas no tema Adoção. Além de fornecer informações sobre as atividades e projetos do GEAA-SBC e de outros eventos sobre adoção, o periódico ADOTANDO mantém uma coluna com artigos sobre a adoção ou com informações jurídicas a respeito dos processos de adoção, destituição do poder familiar, guarda e outros. O periódico também pode incluir histórias relacionadas a adoções. As pessoas interessadas em recebê-lo, via e-mail, podem solicitar seu recebimento pelo endereço eletrônico geaasbc@ig.com.br. O periódico também está disponibilizado no portal do GEAA: http://geaasbc.vila.bol.com.br

“DIÁLOGOS SOBRE A ADOÇÃO” DE FEVEREIRO DE 2012
Dia 11/02/2012 – sábado – das 09h30min às 11h30min
LOCAL: ASSOCIAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DE SBC RUA 28 DE OUTUBRO, 61 – CENTRO – SBC
TEMA: COMO SÃO OS FILHOS QUE ESPERAM POR UMA FAMÍLIA?
ESTES FILHOS CHEGARAM! E AGORA?
 

DIÁLOGO IMPRESCINDÍVEL COM DENISE SANCHEZ CARETA, Mestre e Doutora em Psicologia Clínica pela USP, Pesquisadora sobre a Adoção, Coordenadora do Núcleo de Abrigos do LAPECRI / USP, Assessora Institucional em Abrigos, Psicóloga da Associação São Luiz e do GEAA-SBC.
Venha conhecer mais sobre a realidade das crianças disponíveis para uma adoção, suas vivências, necessidades e carências e sobre como se preparar para a maternidade ou paternidade de uma ou algumas destas crianças.
Venha se preparar para realizar uma adoção legal e consciente.
 

 VENHA DIALOGAR SOBRE ESSAS E OUTRAS QUESTÕES - DIÁLOGO IMPERDÍVEL MESMO PARA AQUELES QUE JÁ POSSUEM O CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO NO GEAA-SBC OU PARA AQUELES JÁ HABILITADOS PARA UMA ADOÇÃO.

Os não associados ao GEAA-SBC, se desejarem contribuir com os projetos do Grupo, poderão pagar o ingresso solidário de

R$ 10,00 por pessoa. Lembre-se: o GEAA-SBC é uma ONG sem fins lucrativos, que não recebe verbas públicas, mas que tem gastos para se manter e uma importante função social. Colabore! Melhor, se associe ao GEAA-SBC, através de anuidade de R$100,00 por casal ou pessoa solteira. Inscrições no local, momentos antes da reunião.

Informações: (011) 4123 5613 e 4330 1878.

CURSO DE PREPARO PSICOSSOCIAL E JURÍDICO E DE INCENTIVO ÀS ADOÇÕES NECESSÁRIAS, OBRIGATÓRIO PARA OS INTERESSADOS EM UMA ADOÇÃO, DE ACORDO COM A LEI.

O Curso de Preparo Psicossocial e Jurídico e de Incentivo às Adoções Necessárias foi instituído pela Lei 12.010/09, conhecida popularmente como “Lei da Adoção”. A Lei 12.010/09 também passou a exigir que os pretendentes à adoção conheçam a realidade das crianças disponíveis para uma adoção. A Vara da Infância e da Juventude de SBC realiza um curso, de acordo com a Lei atual em TRÊS ETAPAS, com total de oito horas de duração, em parceria com o GEAA-SBC e com a Entidade de Acolhimento Institucional “Lar Escola Pequeno Leão”, sendo que a PRIMEIRA ETAPA DO CURSO é realizada mediante participação no “Diálogos Sobre a Adoção” do GEAA-SBC e a ÚLTIMA ETAPA, mediante uma visita monitorada às crianças e adolescentes institucionalizados no “Lar Escola Pequeno Leão”. A ETAPA INTERMEDIÁRIA do curso é realizada no próprio Fórum de SBC, sob coordenação do Dr. Luiz Carlos Ditommaso, Juiz da Vara da Infância e Juventude.
As pessoas residentes em São Bernardo do Campo e interessadas em se cadastrar para uma adoção devem procurar a sala nove (09) do Fórum de São Bernardo do Campo (Rua 23 de Maio, 107 – V.Tereza – em frente ao Carrefour Vergueiro – Fone: 4330 1011 – Ramal 641), onde receberão as primeiras orientações verbais e escritas sobre o Curso e sobre todo o procedimento de cadastro, no horário das 12h30min às 18h30min horas, junto às assistentes sociais e psicólogas da Vara da Infância e da Juventude. Somente após receberem as primeiras orientações no Fórum, as pessoas interessadas devem comparecer a uma das reuniões do GEAA-SBC (Diálogos Sobre a Adoção), iniciando assim o Curso de Preparo Psicossocial e Jurídico.
De acordo com a nova Lei, somente pessoas cadastradas podem realizar uma adoção (com raras e definidas exceções). Prepare-se e cadastre-se para realizar uma adoção legal e consciente.
 

GRUPO TERAPÊUTICO DE ACOMPANHAMENTO PÓS-GUARDA E PÓS-ADOÇÃO DO GEAA-SBC PARA GUARDIÃES E PAIS ADOTIVOS, Sob coordenação de DENISE SANCHEZ CARETA - Mestre e Doutora em Psicologia Clínica pela USP - Pesquisadora sobre a Adoção, Coordenadora do Núcleo de Abrigos do LAPECRI/USP, Assessora Institucional em Abrigos e Psicóloga da Associação São Luiz e do GEAA-SBC. O GRUPO TERAPÊUTICO, por ter custos materiais e humanos, tem um investimento individual de R$ 45,00 por sessão. As pessoas interessadas em participar do GRUPO podem se inscrever pelos fones (11) 4330 1878 e (11) 4123 5613, com a própria psicóloga Denise Sanchez Careta. As reuniões do grupo acontecem na sede do GEAA-SBC, à Rua Miguel Arco e Flecha, 41 - V.Euclides – SBC. Faça sua inscrição e participe!
Todos aqueles que estão iniciando uma nova família, mediante os laços legais da guarda ou da adoção, devem aproveitar esta oportunidade de receber ajuda especializada na construção dos vínculos afetivos necessários e na prevenção de problemas de relacionamento familiar.
 

VELHO AOS SETE ANOS*

Nunca pensei que envelheceria tão cedo... Nasci pobre numa família que muitos nem chamavam de família. É verdade que eu tinha uma mãe. Afinal, quem não tem uma mãe? Pai, eu nunca conheci. Nem sei se é bom ter um pai, pois nunca tive e talvez nunca venha a ter.

Minha mãe – eu gostava dela e acho que ainda gosto – saía sempre e voltava tarde, falando mole e rindo muito; sempre trazia alguém com ela, que também ria muito, mas falava grosso. Ela gostava de mim. Pelo menos eu sempre quis pensar que sim. Ela não me tratava mal, só se esquecia de me mandar para a creche; acho que é porque ela acordava tarde, geralmente quando aqueles que falavam grosso dormiam lá em casa. Ah! Ela também achava bobagem me levar ao médico quando eu estava com febre. Mas a comida dela era gostosa. Eu comia “Miojo” quase todo dia. Era uma delícia! Ela também não me mandava tomar banho sempre, o que eu achava bem legal.

Não sei por que decidiram que ela não podia mais ser a minha mãe. Acho que é porque eu não estava mais na creche e acharam que eu não podia faltar muito no primeiro ano da nova escola.
Eu já tinha seis anos! Os meus irmãozinhos, que nasceram depois de mim, estavam com cinco, quatro, dois e um ano de idade.

Levaram a mim a aos meus irmãos para uma casa bem grande, com muitas outras crianças e muitas tias, mas nem um tio, nenhuma mãe e muito menos um pai. Fiquei lá tanto tempo – na verdade ainda estou – que já nem sei quanto. Sei que consegui passar de ano na escola, mas ainda não sei ler. Mas meu nome eu já sei escrever! Se alguém me ajudasse em casa, talvez eu já soubesse ler um pouco. Eu digo isso porque meus amiguinhos da escola, que têm pai e mãe ou pelo menos mãe, já sabem ler um pouco. Mas eu não tenho nem ao menos uma casa, embora chamem o lugar onde eu moro de “Lar”. Se fosse mesmo um lar, eu teria uma mãe.

Quando eu fiz sete anos, disseram que os meus irmãozinhos poderiam conseguir uma nova família, mas que eu já estava velho demais para conseguir uma. Puxa! E eu que pensei que velho era o Papai Noel; ou a tia Jussara, que faz comida pra gente no “Lar”; ou o meu avô, que já era velho antes de morrer de cachaça. Foi disso que ele morreu; pelo menos foi o que minha mãe me disse no dia em que ele foi encontrar o Papai do Céu, que também deve ser velho, porque é amigo do meu avô! Aliás, eu ouvi dizer que se a gente pedir alguma coisa pro Papai do Céu, a gente consegue. Eu vou pedir para não fazer oito anos, porque acho que, então, estarei mais do que velho e com certeza não vou conseguir outra mãe, nem nunca saber o que é ter um pai.
*Conto de Marta Wiering Yamaoka, escrito em 30/11/2011